Expansão do porto de Sines é “crítico para o desenvolvimento” de Portugal
Na visita que efetuou ao porto de Sines no passado dia 15 de Novembro, o Ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, que tem a tutela dos portos na nova configuração do Governo, afirmou que a expansão do porto de Sines é “crítico para o desenvolvimento de Portugal”.
Nesta visita em que estiveram também presentes o Presidente da Câmara Municipal de Sines e o Presidente da Administração do Porto de Sines, o Ministro reiterou o objetivo do Governo de dar o impulso necessário para concretizar os investimentos previstos. “Há um trabalho que já começou na legislatura anterior e que vai ser continuado. Queremos, em conjunto com a autarquia e a administração do porto, dar o impulso necessário para conseguirmos rapidamente ter os investimentos em curso”.
Pedro Nuno Santos referiu ainda que há “boas perspetivas para a expansão, que incluem a construção do novo terminal Vasco da Gama, avaliado em 650 milhões de euros, e a expansão do Terminal XXI, no valor de 660 milhões de euros”.
O Ministro sublinhou também que estes são “dos maiores investimentos do País e de dimensão não habitual em Portugal, que representa também uma oportunidade de Portugal ser uma plataforma muito importante no quadro global de transporte de mercadorias”, acrescentando que “com as condições únicas do porto de Sines, temos obrigação de as aproveitar em benefício do povo”.
Aqueles dois terminais poderão movimentar cerca de 8 milhões de TEU por ano, vindo a assumindo-se como a de maior capacidade na movimentação de carga contentorizada na Península Ibérica.
Pedro Nuno Santos adiantou existirem “investidores e atores mundiais que estão a olhar com atenção para esta oportunidade de negócio” e que “um trabalho de captação e de sedução que está a ser feito”. “São nove meses para apresentar as candidaturas [ao novo terminal Vasco da Gama] e vamos estar a trabalhar para conseguir que sejam vários os interessados”, afirmou.
A aposta na ferrovia também foi realçada pelo Ministro, que destacou o papel fundamental do Corredor Internacional Sul, que no quadro do Corredor Atlântico, “vai servir bastante o porto de Sines”, concluindo que de “pouco nos serve o investimento nos portos se não tiverem acessos”.