Grandes projetos ferroviários: investimento ou desperdício?
O que o Primeiro-Ministro diz sobre captar investimento e melhorar a competitividade da economia é uma coisa; a política dos grandes projetos ferroviários é exatamente o contrário.
O que o Primeiro-Ministro diz sobre captar investimento e melhorar a competitividade da economia é uma coisa; a política dos grandes projetos ferroviários é exatamente o contrário.
A RCM 77/2025 "Aprova o Plano Nacional Ferroviário e determina à Infraestruturas de Portugal, S. A., a avaliação de investimentos ferroviários prioritários"
O traçado da nova linha AV Lisboa – Porto – Braga que foi definido pela IP considera a aproximação e amarração a Lisboa num novo terminal a construir no lado poente da estação do Oriente.
Esta aproximação não será feita em infraestrutura nova e dedicada, mas através da atual infraestrutura da linha do Norte no troço Carregado – Lisboa onde passarão também a circular os comboios de AV em justaposição com os tráfegos convencionais existentes da Linha do Norte, isto é, com os serviços suburbanos, regionais, de longo curso e também de mercadorias.
A propósito da sessão organizada em conjunto pela ADFERSIT e pela APL no passado dia 4 de Abril, tinha alinhado algumas notas para enquadrar o debate. Como infelizmente não pude estar presente devido a razões familiares, entendi que talvez fosse útil dar público conhecimento dessa reflexão, sintetizada nas referidas notas.
Durante a visita de membros do governo e responsáveis da Infraestruturas de Portugal às obras da linha ferroviária Évora-Elvas no passado dia 21, à pergunta de V.ª sobre a eventual mudança de bitola ibérica para a bitola standard-UIC (“europeia”) - “No dia em que haja essa mudança em Espanha, e se possa fazer essa mudança aqui, desaparafusa daqui, aparafusa ali. É isto?” – foi-lhe respondido que era “isso mesmo”.
A transferência modal do transporte individual para o transporte público só é possível quando o sistema de transportes responder às diferentes necessidades das pessoas que precisam/querem deslocar-se. Estou muito consciente que esta é uma constatação que encerra várias dimensões. Mas há uma que importa evidenciar – a necessária simplificação no acesso e utilização.
A TMOB-HUB (Transportation and Mobility Research HUB) é uma nova plataforma nacional, direcionada para o setor dos transportes, desenvolvida originalmente ao nível da Escola de Engenharia da Universidade do Minho, e que pretende a agregação das múltiplas valências, aptidões e competências de Professores e Investigadores, no âmbito da participação em vários Centros de Investigação, assim como em Institutos e Unidades de Interface da Escola de Engenharia da Universidade do Minho.
Mandam as boas regras democráticas que quem se candidata a um lugar eletivo torne público porque o faz, quais as suas intenções e como pensa desempenhar o cargo, se para tal merecer a confiança dos que sejam chamados a exercer o seu direito de voto.
Não podendo deixar de aceitar o honroso convite para me candidatar a presidente da ADFERSIT face à missão que os actuais corpos diretivos gostariam fosse prosseguida pela nossa associação – a qual merece o meu total acordo – cumpre-me explicitar o que julgo essencial para que a votação dos novos corpos gerentes se faça com pleno conhecimento de causa.
Por uma utilização da bicicleta que promove a transição verde da Europa; por mais investimento nas infraestruturas cicláveis; e pelo Ano Europeu da Bicicleta em 2024
...celebram-se 75 anos desde a constituição do Metropolitano de Lisboa e da concessão do estudo técnico e económico do início da sua rede. Ao longo destes três quartos de século, os investimentos nas infraestruturas de transportes, entre as quais o próprio metro, contribuíram para alterar profundamente a ocupação e usos do solo da cidade de Lisboa e da sua área metropolitana num horizonte temporal intergeracional
Por motivos imprevistos de última hora não foi possível contar com a presença do Dr. Manuel Cidade Moura como Orador na 5ª Sessão do XV Congresso Nacional da ADFERSIT, tendo, posteriormente, enviado à Comissão Organizadora a sua prevista intervenção.
A retrospetiva que é feita à “vida da RAVE” e a detalhada reflexão sobre o inconstante percurso da Alta Velocidade em Portugal, em particular no que diz respeito à Interoperabilidade, justificam, como forma de a tornar pública, a respetiva publicação associada ao Congresso. (ler mais)
A digitalização, a par com a transição energética, tem sido um dos maiores desafios que as administrações portuárias têm vindo a enfrentar, devido ao papel decisivo dos portos no abastecimento energético do país.
Com a publicação da Resolução do Conselho de Ministros nº 110/2019, de 27 de junho, foram definidas as orientações estratégicas para a revitalização do serviço de transportes ferroviário de passageiro efetuado pela CP, nomeadamente, a recuperação dos níveis de serviço do transporte ferroviário de passageiros em Portugal no curto prazo e, posteriormente, o desenvolvimento e sustentabilidade da empresa a médio e longo prazo.
O planeamento da transição energética do Porto de Sines surge numa altura em que a União Europeia toma consciência da perigosa dependência da importação de produtos petrolíferos da Rússia, responsável por 27% das importações de petróleo bruto, 45% das importações de GNL e 46% das importações de carvão, segundo dados da Eurostat. (...)
A liberalização do sector ocorrida, há sensivelmente 15 anos, foi um marco determinante e um ponto de viragem para uma realidade esgotada e sem futuro. A entrada no mercado do primeiro operador ferroviário privado, a Takargo, e posteriormente a privatização da CP Carga, vieram trazer uma nova dinâmica e uma competitividade saudável ao sector, emergindo novas soluções logísticas como a integração modal, o transporte em comboio bloco e principalmente a interoperabilidade da rede ibérica com o aparecimento em larga escala de soluções de transporte com origem e destino entre Portugal e Espanha.
O design no contexto da estratégia ferroviária
Uma estratégia para a ferrovia em Portugal deve também apresentar uma abordagem holística da mobilidade, conjugando-a com os outros sistemas de transporte, das grandes distâncias ao Last Mile, em inevitável articulação com as estratégias regionais para a Especialização Inteligente na área da mobilidade. (...)
A EMEL, que no passado era uma mera empresa de gestão de estacionamento, tem hoje um papel-chave na gestão da mobilidade da cidade de Lisboa e está focada em contribuir para uma cidade apelativa e confortável, com um espaço urbano seguro, onde tenhamos prazer em estar e conviver. (...)
As medidas adequadas no combate à crise climática exigiam uma resposta satisfatória em todos as frentes: mitigação, adaptação, financiamento e justiça climática. Em nenhuma delas a COP26 cumpriu inteiramente. Ficámos bem aquém de assegurar uma trajetória que garantisse um aquecimento não superior a 1,5°C em relação à era pré-industrial. A 26ª Cimeira do Clima não deu os contributos necessários. Contudo, se o texto final não agrada inteiramente a ninguém, não deixa de ser uma base para progressos futuros.
A descarbonização tem vindo a afirmar-se, cada vez mais, como um desígnio à escala global, para garantir a sustentabilidade do nosso planeta, a sobrevivência e o bem-estar das gerações futuras. Não causa, assim, espanto que gradualmente se tenham vindo a afirmar diferentes estratégias para reduzir o consumo de recursos naturais e as agressões ao meio ambiente geradas pela atividade humana.
Quando, no ano passado, a situação obrigava a que ficássemos em casa, e todos sentíamos medo desta situação sem paralelo, foi necessário para a LS manter centros de distribuição com milhares de operadores a funcionar, e milhares de camiões e motoristas na estrada a distribuir, correndo riscos em todos os momentos, mas sempre com o máximo cuidado quanto à saúde e segurança.