Entre Porto e Vigo, a linha está electrificada mas os comboios do Celta são a diesel
CP e Renfe mantêm um “serviço internacional” de baixa qualidade que consome 1176 litros de gasóleo por dia
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Um bispo a descerrar uma placa numa locomotiva, a apresentação de um livro sobre as locomotivas 2600 e uma viagem no Minho num comboio que ressuscitou das cinzas, eis um programa delirante para 300 entusiastas dos caminhos-de-ferro
O dia 25 de abril marcou o início das viagens em comboios de tração elétrica no troço Viana do Castelo - Valença, na Linha do Minho, com a disponibilização deste novo serviço por parte do operador CP – Comboios de Portugal, concluídas que foram as obras de modernização e eletrificação realizadas pela Infraestruturas de Portugal (IP), tendo já sido terminada a fase de testes e de obtenção de certificação.
A modernização e electrificação da Linha do Minho, entre Nine (Braga) e Valença (Viana do Castelo) representou um investimento de 86,4 milhões de euros, inserido no Plano de Investimentos Ferrovia 2020 e co-financiado pelo programa Compete 2020.
A Infraestruturas de Portugal (IP) estima, que, no final do mês de Março, esteja finalizada a certificação da electrificação do troço entre Viana do Castelo e Valença da Linha do Minho, onde irão circular comboios de tracção eléctrica.
A IP veio há dias esclarecer que não existe “qualquer anulação ou alteração” da empreitada de eletrificação da Linha do Minho e ainda que com a finalização da 2ª fase da intervenção na Linha do Minho, o “início da circulação ferroviária, em modo elétrico, será possível nos primeiros meses de 2021, ficando apenas dependente dos operadores ferroviários”.
O Conselho Regional do Norte formulou uma estratégia global da região para atrair os próximos fundos comunitários.
No topo dos objetivos está a modernização da linha do Douro e da linha Porto-Vigo para ligar o Norte à alta velocidade espanhola.
Por outro lado, a organização Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular solicitou à Infraestruturas de Portugal “informação oficial” acerca das notícias de atrasos nas obras de eletrificação da linha do Minho.
Esta semana soou o alarme com a publicação num jornal diário de uma notícia segundo a qual a Infraestruturas de Portugal terá atrasado ou adiado 18 obras de requalificação ferroviária incluídas no programa Ferrovia 2020 e que uma outra terá sido cancelada.
Entretanto, a Infraestruturas de Portugal veio esclarecer em comunicado que “todos os investimentos previstos executar no âmbito do Ferrovia 2020 estão em desenvolvimento e serão concretizados".
Os 56 quilómetros de via electrificada que o primeiro-ministro vai hoje inaugurar nas linhas do Douro e do Minho são o espelho da fraca modernização da rede ferroviária: obras curtas, atrasadas, inacabadas e com pouco impacto na melhoria da mobilidade.