“Os nomes dos comboios também fazem viajar na História”

“Os nomes dos comboios também fazem viajar na História”

Um excelente artigo de Carlos Cipriano publicado no suplemento FUGAS do jornal Público, que, a propósito da recente decisão da Alemanha em recuperar os Trans Europe Express, recorda nomes icónicos de comboios associados a nomes de pintores, músicos, poetas, filósofos  e regiões europeias referenciando, entre outros em Portugal, o Flecha de Prata, o Foguete, o Sud Expresso, o TER e o talgo Luís de Camões.

Nota: enviado pelo autor à ADFERSIT.

FERROVIA: O REGRESSO AO FUTURO

FERROVIA: O REGRESSO AO FUTURO

Recuemos ao inicio do século XX. Os comboios constituíam, neste período, um meio de transporte revolucionário. As linhas de caminhos-de-ferro que rasgavam os países garantiam a ligação de forma rápida e confortável entre regiões distantes dentro de um mesmo território, espalhando o desenvolvimento económico e, em simultâneo, permitindo a construção simbólica de uma comunidade nacional. Vivia-se um período dourado do caminhos-de-ferro nos países mais desenvolvidos da Europa e da América.

O caos perdeu comboio, falhou o metro e não embarcou

O caos perdeu comboio, falhou o metro e não embarcou

Após dois meses de passes mais baratos, o Expresso foi ver como andam os transportes públicos em Lisboa e no Porto. Ouviu queixas mas correu tudo bem. Foi sorte?

A redução do preço dos passes, em vigor há dois meses, trouxe mais 143 mil passageiros à Área Metropolitana de Lisboa e mais 24 mil ao grande Porto. O Expresso foi ver o efeito deste aumento na circulação do metro, comboio, barco e autocarro, à procura do “caos nos transportes” que tem dominado o confronto político nas últimas semanas. Mas não o encontrou. Houve queixas, apertos e muitas pessoas de pé, mas - pelo menos para já - a poupança parece falar mais alto do que o desconforto e ameniza os protestos.